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Arte no Porto Maravilha 

          Quando o assunto em questão é Zona Portuária tudo que, atualmente, surge nas percepções são: Barcos, cais, pescadores e, claro, obras. Mas o Porto do Rio de Janeiro, apelidado carinhosamente de Porto Maravilha, esconde muitos outros mistérios e tesouros, onde apenas uma visão periférica pode atingir e/ou capturar. É fugir do comum, focar o que geralmente não está no centro das atenções e, obviamente, não está no foco. Buscar o novo,  o diferente, o único. E, qual seria a melhor palavra ou elemento para definir tais aspectos? ARTE, evidente. Afinal, ela remete ao novo, ao desconhecido, ao incompreensível, ao conceitual, ao profundo, ao abstrato, ao novo. Dizem que tudo a sua volta possui, ao menos, um fragmento artístico. Se tudo que lhe acerca, mesmo que de forma mínima, é arte, concluímos que há arte em todo lugar. Então, finalmente, chegamos ao nosso ponto: Arte no Porto.
          Como foi citado anteriormente, é necessária uma visão periférica para capturar o novo, o diferente; a arte. Em cada pequeno canto da Região Portuária se esconde um, ou mais, artistas; uma obra de arte, pequena ou grande, natural ou não. Basta saber aonde procurar e como procurar.
          O projeto “Arte no Porto”, por exemplo, expõe amostras dos talentos da Região Portuária. Cerca de 80 pinturas em óleo sobre tela estão reunidas, expondo o talento de cinco notórios artistas portuários. A mostra, aberta quarta-feira (16/02/2011), contou com a presença de autoridades, trabalhadores do setor e familiares dos artistas. E pôde ser visitada, gratuitamente, até o dia 27 (02/2011).

          Segundo o secretário de Assuntos Portuários e Marítimos, Sérgio Aquino, o objetivo foi demolir “o muro fictício” que, até 2005, difundia a ideia de que o porto e a cidade tinham vidas próprias desassociadas. “Este ano, introduzimos a arte nesta relação. Queremos mostrar         o lado humanista dos portuários que, com seus dons artísticos, se mostram ótimos pintores”, diz o secretário.
          Outro importante exemplo é o Museu de Arte do Rio (MAR), que pretende promover uma leitura periférica da história da cidade, seu tecido social, sua vida simbólica, conflitos, contradições, desafios e expectativas sociais. Suas exposições vão unir dimensões históricas e contemporâneas da arte por meio de mostras de longas e curtas durações, de esfera nacional e internacional. O museu surge também com a missão de inscrever a arte no ensino público, por meio da Escola do Olhar. O MAR possui atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais - sob a forma de exposições, e funcionará como um espaço proativo de apoio à educação.
          Mas fora de centros culturais, museus e exposições, a arte também se encontra na rua. Há algum tempo, inúmeros indivíduos vêm surgindo em meio ao asfalto e cimento, em busca de reconhecimento. Grafiteiros, em suma, artistas. A grande maioria cria sua arte na rua não só como forma de expressão e exposição natural do seu trabalho, mas na tentativa de revitalizar a Região Portuária. Não esperam que seus trabalhos agradem a todos, mas ficam satisfeitos e felizes com os poucos que agradam; e de simplesmente deixar mais bela uma das mais importantes regiões do Rio de Janeiro. Seguem, então, ocultos. Entre ruas, becos e muros, expondo a arte da sua maneira.
          Porém, a arte se manifesta e se propaga de diversas formas e em inúmeros meios. O Porto Maravilha ainda esconde muitos outros tipos de tesouros artísticos e artistas. E muitos artistas nascem do nada e se tornam tudo. O projeto vem trazendo a comunidades carentes a chance de interagirem com a arte. Oficinas de artes plásticas são oferecidas gratuitamente aos moradores da região, e os resultados têm sido impressionantes.
           Além de artistas mais experientes, que já trabalham com obras mais expressivas, diretas em quadros e com suas próprias exposições. Artistas que se interessam em expor seus trabalhos não só ao público, mas a todo o porto, em exposições gratuitas em comunidades e em centros culturais de entrada franca. Assim, não há necessidade do público caminhar até a arte, pois a arte caminha até o público.
Mas o Porto Maravilha reserva para nós um passado triste, onde até mesmo a arte foi esquecida por todos. Por isso, conforme o tempo passa mais esforços devem ser feitos não só para resgatar a arte, mas também a nossa Região Portuária e toda a sua beleza ainda vívida e apagada.
O Porto, até mesmo, já nos ofereceu arte natural, onde artistas plásticos foram responsáveis em revitalizar.
Tudo que precisamos é tratar a arte e o Porto com mais carinho e cuidado. E quem sabe, ele se torne realmente o Porto... Maravilha.



Pedro Galdino

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