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Presidente Vargas

          Uma das principais vias do Rio de Janeiro, a Avenida Presidente Vargas, corta o centro da cidade. Construída durante a Era Vargas, período de intensa modernização brasileira, recebeu o nome do seu então presidente, Getúlio Vargas. Sua importância era demarcada pela extensão. Ela começa, aproximadamente, no Viaduto da Perimetral e seu fim ultrapassa o prédio da Prefeitura.
          Como toda obra de importância estratégica para o bom funcionamento de uma cidade, sua construção causou diversas mudanças no Rio. Durante o governo de Henrique de Toledo Dodsworth, prefeito do Rio na época, foram derrubadas mais de 500 construções para dar espaço à avenida. As antigas ruas “General Câmara” e “São Pedro” foram incorporadas ao projeto, e, atualmente, são as pistas laterais da avenida. Dentre as demolições, estavam quatro igrejas (São Pedro dos Clérigos, São Domingos, São Jesus do Calvário e Nossa Senhora da Conceição), o Largo do Capim, o antigo Prédio da Prefeitura, uma parte da Praça da República (Campo de Santana) e grande parte da Praça Onze de Junho (onde eram realizados os desfiles de carnaval), além da Escola Benjamin Constant. Até a Igreja da Candelária entrou na lista das que seriam demolidas, mas por ser localizada no início da avenida, ela teria de estar inserida na mesma.
          Antes de tudo isso, e até antes da Era Vargas, iniciou-se a construção do Canal do Mangue, que tinha como objetivo secar um enorme pântano existente próximo à Cidade Nova, pois era foco de doenças, mosquitos e cheiros desagradáveis. Com essa obra do canal, não houve dificuldades com as obras da avenida. Ela ajudou a desafogar o trânsito da cidade e facilitou o trajeto da região do porto para os bairros interiores da cidade.
          Sendo a capital do país de 1763 a 1960, o Rio de Janeiro atraía a atenção de todos, por isso passou por diversas obras de modernização, pois não era agradável ser conhecida internacionalmente como a cidade do porto sujo por causa da falta de infraestrutura e saneamento na época. No porto, desembarcaram imigrantes, comerciantes de outros países e foi a principal entrada e saída comercial não só da cidade, mas do país.
          Vê-se, então, que há anos que em uma região tão importante como a do porto, ora abandonada ora reformada, outras obras já foram feitas para a melhoria, mas nada como  o projeto Porto Maravilha. A revitalização do porto, como a obra da Av. Presidente Vargas, mais uma vez trará modernização e desenvolvimento para o Rio, gerando mais empregos e boa moradia. Ambas não foram bem aceitas pelos moradores locais. Existe a adaptação e são raros aqueles que não conseguem se adaptar, não é porque a minoria não se adapta que  a economia local não pode melhorar. Como um porto que é a porta principal de uma cidade está abandonado? Já está na hora de mudar esse quadro e investir para a melhoria e, para isso, casas precisariam ser derrubadas, antigas construções e outras coisas, tudo para um desenvolvimento. Com toda certeza, algumas coisas só precisariam de reforma, pois é preciso preservar o passado e a história do local.
          A revitalização do porto trará mudanças para todo o seu redor e será uma grande vantagem para todos. Tanto os navios comerciais quantos os transatlânticos seguem diretamente para o porto, pois é o único da cidade com espaço adequado. A cidade que será sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 precisa de uma aparência agradável para os turistas e isso não será só para eles, mas para os que vivem aqui também. O centro do Rio, além da região portuária, passou alguns anos abandonado e, atualmente,      o que mais se encontra por lá são cortiços abandonados correndo o risco de desabar a qualquer momento. Nos arredores da Apoteose, palco do famoso carnaval carioca, encontram-se mendigos para todos os lados, lixo na rua e ruas vazias à noite.
          A Avenida Presidente Vargas comparada à outra importante Avenida no Rio, a Avenida Rio Branco, é, além de comercial, residencial. Sendo esquina da Rua de Santana, onde fica localizado um prédio residencial alto e largo, mais conhecido como “Balança Mas Não Cai”. É a partir dessa rua adentro que se inicia a parte residencial do Centro próxima a Presidente Vargas. A estação do metrô da Cidade Nova foi inaugurada há pouco tempo, assim como outros prédios comerciais.
          Como moradora desde 2004 dessa área, vejo que não só o Centro, mas toda região portuária precisa de atenção, e que, além de uma área comercial e empresarial, precisa de espaços de lazer. Espero melhorias com o projeto e segurança não só para população local, mas para visitantes também. Até agora, a única obra que está ainda sendo pensada é uma reforma na Central do Brasil, que é estação de trem e metrô.



Ana Carolina Nery

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